quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Alucinação.

E foi assim que me apareceu, aquela figura estática da qual só os olhos pude ver, que em minha direção penetrava, tentando me arrancar algo extremamente subliminar. Senti um arrepio em todo o meu corpo ao vê-lo me encarar, um homem misterioso que só podia ver o olhar, olhar profundo que mal conseguia interpretar, parecia pensar tantas coisas que realmente estava difícil de decifrar. E ao olhá-lo de lado, percebi ele se mover em minha direção, com passos lentos e um charme oculto escondido em sua pele. Com suas mãos em minha cintura, não fazendo questão de ser agressivo, (pelo contrário, pude sentir a suavidade em suas mãos) me embalou em seu abraço e começou a acariciar com a ponta dos dedos o meu rosto. Encostada em seu peito, pensei : Será que isso realmente existe?
Não importava, naquela noite a sombra me abraçou e pude sentir o medo e a curiosidade daquela escuridão. A música de repente parou, a festa acabou e o misterioso homem me deixou, soltando o meu rosto lentamente permitiu-se ir, não dizendo nenhuma palavra, apenas os vários significados do seu olhar.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Effy - Part 3

Tá bem! O que ela poderia fazer? Sempre lia as revistas, colocava em prática as dicas, fazia testes e mais testes, debatia, sempre tentava MUDAR algo, pra vê se algo em sua vida mudava. Bom, a mudança ocorreu, mas nem sempre de forma esperada, não era sólida. Afinal, de que adianta certas coisas não durarem? Effy não acreditava em contos de fada, embora gostasse muito deles e realmente os desejasse em sua vida, mas percebeu que infelizmente não é assim, a coisa é rara. Talvez , quem sabe, ela não seja a própria raridade? Afinal, seus sonhos um dia podem se tornar realidade. Mas voltando ao ponto : Ainda estava quebrada.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

E então...

O copo estava despedaçado no chão, seus pequenos pedaços de vidro ainda lhe faziam mal, embora não mais existissem. Ficou observando o desastre natural por horas e horas e nada de esquecê-lo. Nunca imaginou que algo bonito pudesse ser quebrado e falsificado. Ali, se deitou por horas, querendo pra sempre se esquecer do acontecido, do que vivera, e por horas chorou, chorou por ter pela primeira vez em sua vida se deixado levar.
A alma já não mais existia, embora seus pensamentos ainda retornassem à aquele momento que jamais seria esquecido e sempre lembrado. Dormiu por dias, chorou por dias, não via nada por dias, se quebrou por dias, se despedaçou por dias. Embora o tempo tenha passado, ainda martela na mesma tecla da ilusão.
Voltando à cena, ao copo quebrado no chão, recolheu jogando os restos no lixo,pensando que nunca mais se lembraria.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Renato Mandredini Júnior - O trovador solitário


Conheci através de um primo, como quem não quer nada comecei a prestar atenção naquela banda que nunca ouvira antes. Em outra ocasião, me vi procurando o tal Cd(cuja cor é azul,branco e preto, formando um redemoinho - Cd:Mais do mesmo) que ele sempre ouvia e coloquei para ouvir. Foi ali, naquele instante que senti que aquela era a "minha" banda, uma sintonia extremamene estranha,uma sensação de paz, de me reconhecer no que ele diz a todo momento,de liberdade... De acreditar que um dia tudo pode mudar para melhor.Se eu pudesse reviver uma única pessoa, seria Renato Russo. Nasci na época errada,queria ao menos ter assistido a um show,tenho inveja de quem o assistiu,confesso!Porém,mais que isso,queria ter conversado com ele.Seu filho deve ter orgulho de tê-lo como pai.Eu teria... Me olhando no espelho, vejo Legião. Creio que não sinto isso sozinha, tenho certeza que seus fãs também sentem essa grande sintonia.




Renato Manfredini Júnior (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960 — Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996), mais conhecido como Renato Russo foi um cantor e compositor brasileiro e talvez o maior idolo do rock brasileiro na década de 80 e 90.

Russo é considerado um dos mais importantes compositores do rock brasileiro. Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico (1978), a qual durou quatro anos, e terminou devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos. Renato herdou desta banda uma forte influência punk que influenciou toda a sua carreira. Nessa mesma época, aos 18 anos, assumiu para sua mãe que era bissexual, em 1988, assumiu publicamente.

Em 1982, integrou a banda Legião Urbana. Nesta nova banda desenvolveu um estilo mais próximo ao pop e ao rock do que ao punk. Russo permaneceu na Legião Urbana até sua morte, em 11 de outubro de 1996.

Um site bem legal.
http://legiaourbana.com.br/urbana-legio?p=1&tag=renato

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Narciso e o Lago


Quase todo mundo conhece a história original (grega) sobre Narciso: um belo rapaz que,todos os dias, ia contemplar seu rosto num lago. Era tão fascinado por si mesmo que, certa manhã, quando procurava admirar-se mais de perto, caiu na água e terminou morrendo afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que passamos a chamar de narciso.
O escritor Oscar Wilde, porém, tem uma maneira diferente de terminar esta história.
Ele diz que, quando Narciso morreu, vieram as Oréiades – deusas do bosque – e viram que a água doce do lago havia se transformado em lágrimas salgadas.
-Por que você chora? – perguntaram as Oréiades.
-Choro por Narciso.
-Ah, não nos espanta que você chore por Narciso – continuaram elas. – Afinal de contas,apenas de todas nós sempre corrermos atrás dele pelo bosque, você era o único que tinha o oportunidade de contemplar de perto sua beleza.
-Mas Narciso era belo? – quis saber o lago.
Quem mais do que você poderia saber disso? ­ responderam, surpresas, as Orniades.
Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava todos os dias.
O lago ficou algum tempo quieto. Por fim, disse:
Eu choro por Narciso, mas jamais havia percebido que Narciso era
belo.
"Choro por Narciso porque, todas as vezes que ele se deitava sobre minhas
margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, minha própria beleza reflectida".

"Que bela história", disse o Alquimista.

Paulo Coelho

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Recordação.

11/08/2010 - Só quero guardar essa data.


;)

domingo, 4 de julho de 2010

...


Eu gostaria de dizer que eu tenho o direito de me sentir triste. E que eu realmente gostaria que algumas pessoas notassem e levassem essa "tristeza" a sério. É bem mais complexo que isso, bom... Já foi bastante. Mas e se eu tiver recaídas?
Parece que o ideal é você se preocupar com si mesmo, sempre. Afinal, se você não se preocupar, quem vai?
Algo mais ou menos assim... Enfim, pensamentos camuflados, quebrados.


Aqui vai uma frase que minha amiga falou, que achei bem interessante, algo como:

"Para constituir uma família com outra pessoa,um futuro juntos, você não pode ser apaixonada por ela."

A questão é que se você for, você querendo ou não acaba se anulando.Me fez refletir...
Concordo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Aos Treze...

"Ele estava inválido, mas somente seu corpo estava quebrado.
Não é tão simples, nem é fácil de explicar.
Vamos deixar assim - Ela disse.
E fecha o livro sagrado das mentiras, e cobre seus olhos negando a si mesmo o que pensou acontecer."

terça-feira, 15 de junho de 2010

Desabafo -

Ás vezes chega a ser ridículo pensar nas coisas que fazemos em tal estado. Talvez se mostrar muito, não seja a solução. É que a maldita história se repete. Um sentimento não correspondido, não ocorrendo reciprocidade. Isso é uma merda! Então, perai... Quer dizer que nunca vai acontecer algo legal nesse sentido? Pelo visto não. Nunca vai ser recíproco. Sempre um sofre, a realidade parece ser bem essa mesmo. Sempre alguém tem que sair com o coração ferido, ou gostando mais do que a outra pessoa. Penso que deve ser uma maldição. Sério. Talvez seja aquela velha história :"Sorte no jogo, azar no amor." - Tomara!Pelo menos isso né. Uma coisa que acontece diariamente comigo, é me arrepender das coisas que faço ou digo. É que em tal estado, falo muito, mais do que se deve falar, na verdade, falo o que penso mesmo, e eu ODEIO mostrar isso para as pessoas, esse meu jeito. E no final do dia, na madrugada fria, lá estou : me arrependendo do que falei mais uma vez. No fundo, não sabemos o que somos, nos descobrimos a cada dia, e por mais que você queira algo, sempre depende de uma segunda opinião, ou melhor: aceitação. E pra isso meu amigo(a), tenho sorte não! Acostumada com o "mais pra lá do que pra cá" , o importante é se ajeitar em tal estado para se viver melhor, procurar o que lhe faz feliz enquanto o que você realmente quer não aparece. E nesse desabafo, posso concluir que já me arrependo do que disse.

domingo, 13 de junho de 2010

Te Aprender De Dentro Para Fora - Lifehouse


Eu vejo os meus pés no chão
Mas parece que o mundo está afundado na gravidade
Quando estou com você eu estou no alto

Ao invés de esconder meu rosto
Minha memória está em seus olhos
O seu amor pode me envolver
como eu sou?

Em silêncio você encara o mundo
Seus olhos estão gritando para serem ouvidos
Eu quero te aprender de dentro para fora

O tempo não estão do nosso lado
Tudo o que nós temos é o agora
Para o resto das nossas vidas
Vamos ficar acordados a noite toda

No silêncio você encara o mundo
Seus olhos estão gritando para serem ouvidos
Eu quero te aprender de dentro para fora

Tudo o que muda é o tempo
Não consegue te manter dentro de mim
Você está fora da minha mente
Meus sentimentos por você são claros

No silêncio você encara o mundo
Seus olhos estão gritando para serem ouvidos
Eu quero te conhecer de dentro para fora

Eu vejo tudo o que você quer ser
Olho dentro da sua alma
Olhando de volta pra mim
Eu quero te aprender de dentro para fora

sábado, 12 de junho de 2010

O tempo - Mário Quintana

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

sábado, 22 de maio de 2010

Andrea Doria - Legião Urbana

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

No final...


não é tão ruim assim, é que no fundinho mesmo, você sabe que vai passar, sabe que vai esquecer e que tudo o que aconteceu foi apenas um sonho, ele não tem a obrigação de se realizar, mas é permitido sonhar, não é proibido. Acontece que ninguém pertence a lugar algum, por mais que eu tente achar o meu lugar, eu sei que nunca vou encontrar, sei que eu não tenho um lugar apenas, e sim vários. E eu pertenço a cada um deles, cada um deles tem um pouco de mim : um pedaço quebrado, um sorriso jogado em uma rua ou em uma casa, na chuva dos domingos, nas manhãs cinzentas por causa da neblina, no frio do inverno, em cada roupa, em cada gesto, em cada espaço. E o medo, aonde quer que eu esteja, sempre vai estar comigo, é como minha companhia, por isso o meu “arriscar-se tanto”, talvez seja isso, ou não. No fundo, eu espero que sim.
É que vejo as coisas de um modo amplo, é tudo tão grande e realmente bonito, que você pode fazer muitas coisas por você e pelos outros. É um pedaço de liberdade, até porque tê-la por completo é impossível.

domingo, 16 de maio de 2010

Effy – Part 2

Silêncio por favor! Silêncio, pois quero falar. É melhor você pegar uma cadeira confortável e se sentar meu amigo, pois essa conversa irá demorar. Não é nada pessoal, imagina, é bem mais que isso. Não! Não me olhe desse jeito, você sabe do que eu estou falando meu amor... Onde ele está? – com os olhos penetrantes para que não fuja de minha vista – Pode ir falando porque eu sei que você o roubou, ou melhor, o arrancou de mim. Sua cara lavada, essa mesmo amarrotada pela desordem não me engana mais, aprendi a decifrar seus traços e sua ousadia infame, então, é melhor dizer logo.
- Aquele silêncio pairava no ar, como se nada de tenso estivesse acontecendo -
E na quebra do silêncio, uma voz mais grave se mostrou presente : - Não, isso é injusto! Não pode me tratar assim! Só porque roubei seu coração?
Na verdade, isso para Effy não fazia tanta importância, já que nada sentiu antes. Porém, ele não roubou-lhe o coração, arrancou-lhe as fibras existentes nele, deixando aquele cenário sangrento e sujo! Deveria ao menos ter limpado. – pensou.
O problema é que Effy não esperava que os efeitos dessa atrocidade “irrelevante” dita antes, fizesse efeito dentro de si, depois do acontecido. Via-se em uma tortura. Desejou doses e mais doses de amnésia, mas parece que a Doutora Amnésia não lembrou. O jeito era apelar para a famosa: lavagem cerebral. Mas, nada aconteceu.
- Mentira! Eu não arranquei-lhe as fibras do seu coração. Por incrível que pareça, ele ainda tem vida em minhas mãos.
Effy se mostrou pensativa no meio de todo aquele teatro da vida. Soltou uma gargalhada sem graça, e disse: - Sabe, a verdade é que ele já bateu tão forte por alguém , mas sozinho. E para não vê-lo bater nessa doentia rendição, eu tento confundir o que se sente. Assim, ele volta para onde sempre pertenceu: estaca zero.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

The Only Exception - Paramore


Quando eu era mais nova eu vi
O meu pai chorando e praguejando ao vento
Ele partiu seu próprio coração e
Eu assisti enquanto ele tentava remontá-lo
E minha mãe jurou que jamais
Se deixaria esquecer
E esse foi o dia que eu prometi
Nunca cantar sobre o amor se ele não existisse
Mas querido...

Você é a única exceção
Você é a única exceção
Você é a única exceção
Você é a única exceção

Talvez eu saiba em algum lugar no fundo de minha alma
Que o amor nunca dura
E nós temos que arranjar outros meios de seguir
Em frente sozinhos ou manter o semblante impassível
E eu sempre vivi assim
Mantendo uma distância confortável
E até agora eu jurei pra mim mesma
Que eu era feliz com a solidão
Porque nada disso nunca valeu o risco

Você é a única exceção
Você é a única exceção
Você é a única exceção
Você é a única exceção

Eu me agarro firme à realidade
Mas não posso deixar o que está aqui diante de mim
Eu sei que vais embora pela manhã, quando acordar
Me deixe com alguma prova de que isso não foi um sonho

Você é a única exceção
Você é a única exceção
Você é a única exceção...

E eu estou quase acreditando
E eu estou quase acreditando.

enjoy your life!

A vida é longa, mas a nossa passagem por ela é tão curta, que nem sequer notamos!
O desejo de aproveitar a vida ao máximo só cresce dentro de mim. Não creio mais em um “amor”, aquele pra vida toda. Acredito que somos melhores sozinhos, pelo que somos, não pela idéia que o outro deposita em nós,nos falando coisas belas que adoramos ouvir. Sabemos que somos bons por nós mesmos, sem ninguém nos dizer isso. Somos melhores sozinhos, com as nossas próprias pernas podemos ir longe, sem nos anular pelo outro, ou nos privar. A cada dia que passa, penso mais nisso, nessa idéia de “sozinho”, não é solidão! Basta você fazer a coisa certa. Você pode fazer tanta coisa por si mesmo! Você não precisa ter aquele pensamento cansativo de pensar no outro como uma parte de si, anular seus desejos e principalmente: seus sonhos. Nunca é tarde demais para começar de novo, nunca é tarde demais para se levantar, tirar aquela preguiça idiota do seu lado. Você deve fazer o que quer AGORA, sem deixar nada para depois. Se abra para o mundo que ele vai se abrir para você.

domingo, 9 de maio de 2010

Music When The Lights Go Out - Libertines

Bem, é cruel ou educado
Não dizer o que eu penso
E mentir pra você
Em vez de te magoar
Bem,eu confesso todos os meus pecados
Depois de várias doses de gim
Mas eu ainda vou esconder de você
E esconder o que esta por dentro, de você

E os alarmes de sinos soam
Quando vc diz que seu coração ainda canta
Quando vc está comigo
Oh, querida por favor me perdoe

Mas eu não consigo mais escutar a música
Oh,não não não não não!

E todas a lembranças dos bares
E os clubes e as drogas e os banhos
Que nós dividimos juntos
Vai ficar comigo pra sempre!

Mas todos os altos e baixos
E os pró e contras
Me deixaram confuso
Oh, por favor você não vai me perdoar?
Mas eu não consigo mais escutar a música
Oh,não não não não não!

eu não consigo mais escutar a música quando as luzes se apagam
O amor esfria nas sombras da dúvida
O rosto estranho na minha mente esta claro demais!
Música quando as luzes se vão
A garota que eu achava que conhecia se foi
E com ela meu coração desapareceu!

Mas eu não consigo mais escutar a música
Oh,não não não não não!

E todos as lembranças das noites e das lutas
Debaixo de luzes azuis e todas as pipas
Nós voamos juntos
O amor pensou que voariamos pra sempre

Mas todos os altos e baixos
E os pró e contras
Me deixaram confuso
Oh, por favor vc não vai me perdoar?

Mas eu não consigo mais escutar a música
Oh,não não não não não!

música quando as luzes se apagam
O amor esfria nas sombras da duvida
O rosto estranho na minha mente esta claro demais

Musica quando as luzes se vão
A garota que eu achava que conhecia se foi
E com ela meu coração desapareceu

Mas eu não consigo mais escutar a música
Oh,não não não não não!

Mas eu não consigo mais escutar a música...

Nas mãos de quem sabe, tudo vira poesia.

Quando me virei lentamente para ver quem era, lentamente percebi que uma sombra me seguia. Deitada em minha cama, com o barulho da porta do meu quarto sendo aberta em minha cabeça, e o mistério pairando no ar...
Não tive medo de início. Olhando-o - e não sei porque parecia ser homem - senti que queria o meu bem. Tranquila, deixei que fizesse o que queria. Senti suas mãos em minha testa, como se fosse uma "visita médica de rotina" - nada disse, nada de alarmante se manifestou. Até que me vi em meu próprio pesadelo. A porta estava trancada, e ninguém teria entrado, a não ser eu mesma. Senti medo.

sábado, 24 de abril de 2010

Contradição

A vida é uma contradição. Ela sabe como você reagiria a tal situação,adora brincar, controlar seus pulsos e cortá-los.
Essa idéia de expectativa é tão contraditória! Quando se quer não se tem, e quando não se quer, a coisa te persegue. Essa rejeição é atraente aos olhos do bicho: ser humano. A realidade é que gostamos mesmo é de sofrer, gostamos do contraditório, do oposto, do "NÃO" como resposta. Da dor, do corte e do sangue. Gostamos é disso, e digo mais, gostamos mais ainda é de negar isso tudo.

Esperamos por dias melhores.

sábado, 3 de abril de 2010

Effy - Part 1

Effy - nada além disso.

Curiosamente pensando, era algo a se notar. A questão de se esconder e não se achar poderia lhe causar ânsia de vômito.A sujeira dos pensamentos humanos era a forma mais cruel de lhe atingir - tendo em vista a falta de humanidade.
Effy não se prendia a rótulos, odiava decifrar enigmas matemáticos e se identificava mais com os animais - uma comunicação obtida através do olhar. O silêncio era a sua paixão. Quando arrancavam-o te ti, era como se as artérias do coração não existissem. Morreria.Era necessário - mais que isso na verdade - entender o valor da quietude. Permitir que alguém invada seu espaço seria conflitante para si mesma.Alteraria os métodos tradicionais de sua tolerância. Ta aí uma coisa que atingiria Effy - roubar-lhe a liberdade. Porém, era paradoxal.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Mark


Na verdade, ela disse a Mark que nunca mais queria vê-lo. Aquilo bastava. Era desesperador pensar que poderia sentir a mesma coisa que sentira antes, então preferiu o esquecimento do que as mentiras enganadoras que sua cabeça oca lhe causava. Sentiu saudade da companhia, nada além disso, nada além do contato humano mais próximo que poderia ter tido com alguém. Isso fez seus ouvidos sangrarem por alguns minutos, porém, sem dor. O sentimento que lhe surgiu de início foi pena. Um sentimento desconfortante e infeliz, penso. Sua experiência durou pouco tempo, sorriu, sentiu carinho e preocupação por quem não conhecia pela primeira vez. Depois tudo isso se tornou ridículo e pessoal. Em seguida, conheceu a raiva,e doendo ou não, o ódio brotou em seu sensível mas forte coração.

Ps: Seu coração era o mais frio já existente.

Ela não entendia as relações humanas e como deveriam funcionar. Não sabia o que era se sentir empolgada – na verdade ela sabia, mas não o usava ( a empolgação) nos devidos momentos tradicionais ditos corretos pela sociedade. A questão é que o que ela sentiu - o pouco que sentiu, que pensou sentir – não se encaixava e foi transformado em raiva naturalmente, e aumentava assim que os dias –longos dias – passavam. No final das contas não acreditou mais em relações boas. Por um segundo pensou em Mark, logo, desistiu de pensar e confiar.

terça-feira, 30 de março de 2010

- E de toda minha insanidade, a coisa mais insana sou eu -

Acordei refletindo no espelho a imagem de quem eu fui, não gostando do que via – tentei quebrá-lo com os punhos de minhas pequenas mãos. Cacos pelo chão de um quarto escuro, impossível de enxergar a própria áurea. Com o sangue saindo dos punhos, já quase secos – me deitei ali mesmo no chão. Numa fração de segundos, sai de mim, sai do que eu poderia ser – meus pensamentos ficaram no ar, naquela brisa que mais parecia uma fumaça de alguém gritando socorro, sem antes me ver.Fechei meus olhos, molhados com o vento, sem me dar conta, me vi em um cenário novo e perturbador. Eu mesmo.Meu corpo gélido, engolia o que podia, uma forma de expressão mal calculada da sujeira, uma forma de arrependimento sem antes odiar a dor causada. Ali parada, quis pensar no “nada” visto que logo, estaria pensando em algo, mesmo sem ter um sentido aparente. Estupidamente fria, arrogantemente imóvel no chão, feito lagosta mal consumida pelo desejo do anfitrião.
- Gosto ruim! – alguém dizia.
- Não tem desejo, muito menos sedução!

E não é que aquela alma perdida sabia, sabia que aquele gosto me perseguia, deixando meu hálito cauteloso. Porém minha pele, suave pele, se aquecia a cada toque desejado por aquelas mãos cujo carinho me ofereceu. Eu podia sentir cada suspirada que meu amado dava, cada gesto que fazia com amor e tanto cuidado, como se fosse algo prestes a se quebrar – e talvez fosse mesmo.Falso é aquele amor que flui com tanta rapidez, logo dizendo “eu te amo” sem saber como se deveria amar. Falso porque com a mesma facilidade que se ama, deixa a pessoa sozinha sem satisfação. Bonito e valorizado é aquele amor antigo, daquelas épocas de batalha, de tradição e conflito. Onde o rapaz fazia de tudo e enfrentava toda a sua família e os princípios ditados na sociedade para conquistar a bela e simples donzela. Esse sim, é amor dito como verdadeiro e honesto – difícil de ser conquistado mas nunca esquecido ou deixado de ser amado. Amor que vem fácil de mais é sentimento duvidoso, ardente e cruel. Amor tem que ser calmo, doce e sereno. Tem que ser cúmplice do seu próprio eu, tem que ser cultivado e amado, cuidadoso e conquistado a cada dia. Não se constrói uma bela história sem as dificuldades vividas, sem as tentativas e as expectativas sobre algo. Tem de ter sangue para se obter o verdadeiro e puro amor. Necessitamos disso e isso basta.