terça-feira, 19 de julho de 2011

Where is my mind - Pixies


Saudade

As vezes sinto uma saudade que nem eu sei muito bem como ela aparece. Me vem como uma tristeza, um sentimento de nostalgia me invade o peito, e por fim, me sinto paralisada, quase sem respirar.
É engraçado, vai passando um filme na minha cabeça, de todas as coisas que me marcaram e coisas que eu desejo ainda pra mim e que não aconteceram.Me vejo sentindo saudade do que eu quero ter, sem ao menos ter sentido, sem ao menos saber se deveria ter, apenas sinto e sinto TANTO! Ninguém nunca disse que a vida seria fácil, certo? Mas deveria vir com um manualzinho básico.


Me sinto uma louca em tempos de paz, em tempos de grande alucinação.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A "carta" - Sentimentos ocultos numa janela quebrada



Carta 1 - Effy


Após um bom tempo, Effy se via pensando nele. Achava engraçado o fato do tempo zoar com sua cara, tirando-lhe a vida sem os outros perceberem, ela apenas sorria. Como se um trailer passasse em sua mente, contando a história que teve com um príncipe encantado e sua dupla face.
Dupla face que a tinha tanto, tanto quanto ele poderia imaginar! Tinha tanto que chegava a doer literalmente seu coração. No início o mundo desabou, não acreditou, se anestesiou em fantasias da sua própria cabeça e ali ficou. Não sabe até hoje como definir seu estado mental, mas sabe que a qualquer momento pode entrar numa crise absurda e inútil de sentimentos que a perseguiram-na nos seus mais doces sonhos que nunca pensou em ter.
O fato de estar quebrada por dentro, não significa que não saberia camuflar seus sentimentos para disfarçar e isso só piorou, porque as vezes ela se encontra tão perdida que se anestesia com coisas que nem ela entende. Os outros sempre pensaram que ela estava bem, até alguém levar um susto e ver que as coisas não foram bem assim, sentimentos machucam e muito. As lembranças ainda assombram-lhe a cabeça, como uma história que não teve um fim, nem de Effy e nem do seu príncipe. A partir desse momento, Effy não acreditou mais em contos de fadas e muito menos em príncipe encantado.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Na mesa do Bar


É nela que tudo acontece, é nela que os subentendidos são mais do que entendidos, embora pareçam estar disfarçados e escondidos embaixo de uma manta preta, mas é mais do que mentira! As conversas, as fofocas, os risos e sorrisos,os olhares - principalmente, ficam mais do que subentendidos, ficam evidentes. Tudo bem, a pessoa pode beber um pouco, ou até muito, mas o que ela demonstra,é o que o inconsciente dela quer, o desejo ali esperado. É engraçado, excitante o desejo. A troca de olhares proibidos, as piscadas, tudo daquele jeito mineirinho de ser disfarçado, escondidinho.
E no final, quando você volta para a casa, é incrível como a sua cabeça "volta pro lugar", digo, você querendo ou não acaba se arrependendo, se julgando, se analisando se foi certo ou errado tal coisa, embora tenha gostado. Fica preocupada se agiu de forma indefida perante os outros, mas na verdade você sabe que não agiu, só deixou fluir um pouco as coisas, de modo bem, mais bem comportado mesmo. Então, vê-se que o problema está na sua cabeça, nos seus pensamentos e não no que os outros viram. E depois, você volta com aquela sensação de vazio pra casa,como se tivesse deixado algo na mesa do bar, deixado uma parte de você, uma metade que você quer ser, é estranho essas coisas, a bebida uma hora te alegra e noutra, te deixa pra baixo quando acaba seus efeitos, deixando a escuridão e a sombra da maldade à mostra pra quem quer ver!

Na mesa de um simples Bar, tudo pode acontecer.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Alucinação.

E foi assim que me apareceu, aquela figura estática da qual só os olhos pude ver, que em minha direção penetrava, tentando me arrancar algo extremamente subliminar. Senti um arrepio em todo o meu corpo ao vê-lo me encarar, um homem misterioso que só podia ver o olhar, olhar profundo que mal conseguia interpretar, parecia pensar tantas coisas que realmente estava difícil de decifrar. E ao olhá-lo de lado, percebi ele se mover em minha direção, com passos lentos e um charme oculto escondido em sua pele. Com suas mãos em minha cintura, não fazendo questão de ser agressivo, (pelo contrário, pude sentir a suavidade em suas mãos) me embalou em seu abraço e começou a acariciar com a ponta dos dedos o meu rosto. Encostada em seu peito, pensei : Será que isso realmente existe?
Não importava, naquela noite a sombra me abraçou e pude sentir o medo e a curiosidade daquela escuridão. A música de repente parou, a festa acabou e o misterioso homem me deixou, soltando o meu rosto lentamente permitiu-se ir, não dizendo nenhuma palavra, apenas os vários significados do seu olhar.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Effy - Part 3

Tá bem! O que ela poderia fazer? Sempre lia as revistas, colocava em prática as dicas, fazia testes e mais testes, debatia, sempre tentava MUDAR algo, pra vê se algo em sua vida mudava. Bom, a mudança ocorreu, mas nem sempre de forma esperada, não era sólida. Afinal, de que adianta certas coisas não durarem? Effy não acreditava em contos de fada, embora gostasse muito deles e realmente os desejasse em sua vida, mas percebeu que infelizmente não é assim, a coisa é rara. Talvez , quem sabe, ela não seja a própria raridade? Afinal, seus sonhos um dia podem se tornar realidade. Mas voltando ao ponto : Ainda estava quebrada.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

E então...

O copo estava despedaçado no chão, seus pequenos pedaços de vidro ainda lhe faziam mal, embora não mais existissem. Ficou observando o desastre natural por horas e horas e nada de esquecê-lo. Nunca imaginou que algo bonito pudesse ser quebrado e falsificado. Ali, se deitou por horas, querendo pra sempre se esquecer do acontecido, do que vivera, e por horas chorou, chorou por ter pela primeira vez em sua vida se deixado levar.
A alma já não mais existia, embora seus pensamentos ainda retornassem à aquele momento que jamais seria esquecido e sempre lembrado. Dormiu por dias, chorou por dias, não via nada por dias, se quebrou por dias, se despedaçou por dias. Embora o tempo tenha passado, ainda martela na mesma tecla da ilusão.
Voltando à cena, ao copo quebrado no chão, recolheu jogando os restos no lixo,pensando que nunca mais se lembraria.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Renato Mandredini Júnior - O trovador solitário


Conheci através de um primo, como quem não quer nada comecei a prestar atenção naquela banda que nunca ouvira antes. Em outra ocasião, me vi procurando o tal Cd(cuja cor é azul,branco e preto, formando um redemoinho - Cd:Mais do mesmo) que ele sempre ouvia e coloquei para ouvir. Foi ali, naquele instante que senti que aquela era a "minha" banda, uma sintonia extremamene estranha,uma sensação de paz, de me reconhecer no que ele diz a todo momento,de liberdade... De acreditar que um dia tudo pode mudar para melhor.Se eu pudesse reviver uma única pessoa, seria Renato Russo. Nasci na época errada,queria ao menos ter assistido a um show,tenho inveja de quem o assistiu,confesso!Porém,mais que isso,queria ter conversado com ele.Seu filho deve ter orgulho de tê-lo como pai.Eu teria... Me olhando no espelho, vejo Legião. Creio que não sinto isso sozinha, tenho certeza que seus fãs também sentem essa grande sintonia.




Renato Manfredini Júnior (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960 — Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996), mais conhecido como Renato Russo foi um cantor e compositor brasileiro e talvez o maior idolo do rock brasileiro na década de 80 e 90.

Russo é considerado um dos mais importantes compositores do rock brasileiro. Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico (1978), a qual durou quatro anos, e terminou devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos. Renato herdou desta banda uma forte influência punk que influenciou toda a sua carreira. Nessa mesma época, aos 18 anos, assumiu para sua mãe que era bissexual, em 1988, assumiu publicamente.

Em 1982, integrou a banda Legião Urbana. Nesta nova banda desenvolveu um estilo mais próximo ao pop e ao rock do que ao punk. Russo permaneceu na Legião Urbana até sua morte, em 11 de outubro de 1996.

Um site bem legal.
http://legiaourbana.com.br/urbana-legio?p=1&tag=renato